sábado, 29 de dezembro de 2018

Família de menino de 3 anos que morreu no Metrô pede imagens de câmaras e mais seguranças

Prestes a completar uma semana da morte do menino Luan Silva Oliveira, de 3 anos, encontrado morto no túnel da Linha 1-Azul entre as estações Santa Cruz e Praça da Árvore, a mãe, Lineia de Oliveira Silva, quer encontrar respostas. A pergunta que não dá tranquilidade a Lineia é: por que não houve quem evitasse a entrada da criança na área restrita da estação?

“Minha revolta é que se tivesse um segurança, ele veria meu filho saindo do vagão sozinho. Será que não teve uma alma viva que viu meu filho sozinho na plataforma?”, questionou.

O incidente ocorreu no domingo, dia 23, quando Luan, a mãe, o padrasto, dois irmãos e o avô seguiam com destino ao terminal Jabaquara para passarem o Natal no litoral. Ao chegarem na estação Santa Cruz, o vagão em que estavam, logo no início da composição, esvaziou e puderam se acomodar melhor. Foi aí que Luan se soltou de Lineia, como ela mesma relembra.

“Na hora que esvaziou o vagão, meu sogro e meu marido nos chamaram para sentar perto deles, nisso a porta já tinha apitado. Quando eu levantei, tirei o Luan do meu colo, coloquei ele no chão e fui pegar a minha bolsa. Foi quando ele escapoliu da minha mão e passou na porta”. “Eu corri para tentar passar junto com ele, mas não deu tempo”, conta Lineia.

Na estação seguinte, a família desceu e fez o trajeto de volta. A segurança do Metrô já havia sido avisada, mas Luan não estava na plataforma. O garoto foi encontrado com ferimentos na cabeça, a 200 metros da estação, no túnel do Metrô, segundo informa o Boletim de Ocorrência registrado na delegacia do metropolitano.

As equipes do Metrô levaram a criança ao Hospital São Paulo, onde foi constatada a morte. Agora, Lineia exige que as imagens das câmeras de segurança do Metrô sejam usadas nas investigações. O Metrô diz ter as imagens que mostram o garoto saindo do vagão e a movimentação dos passageiros.

Nenhum porta-voz foi encontrado para comentar o caso, mas em nota a companhia informou que está prestando todo apoio necessário à família.

Segundo a mãe, se houvesse mais seguranças e portas nas plataformas, a tragédia seria evitada, assim como outros casos recentes em outras estações.

O Metrô foi questionado sobre número de pessoal, mas não respondeu à reportagem. Sobre se há seguranças e em quantidade suficiente nas estações. Em relação às portas, informou que a licitação para instalação das 88 fachadas de portas de plataforma em estações das linhas 1- Azul, 2- Verde e 3- Vermelha está em andamento. A previsão é que o anúncio da empresa vencedora do certame seja feito em fevereiro e o investimento ficará em torno de R$ 400 milhões.

Ainda segundo a companhia, o Metrô registrou este ano aumento de invasões nos trilhos. Em 2017 foram 862 casos contra 1.025 este ano.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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