Na noite de Natal, uma bomba foi encontrada do lado de fora de uma igreja em Brazlândia, no Distrito Federal. Na ocasião, a Polícia Civil trabalhava com a possibilidade de o ataque ter sido planejado por um menor de idade criador da página “Terrorista de Brazlândia” – hipótese já descartada. Agora, o principal suspeito é um grupo autointitulado terrorista denominado “Maldição Ancestral”.
Em um site, o grupo reivindicou a colocação da bomba e também ameaçou realizar um atentado na posse do presidente eleito Jair Bolsonaro. Por envolver a Presidência da República, a Polícia Federal também entrou na investigação.
‘Adolescente internauta inconsequente’
O adolescente inicialmente suspeito foi interrogado e liberado em seguida. À polícia, ele disse que não colocou a bomba e que a página foi criada para “amedrontar a população”. Como é menor, poderá responder na justiça por um crime análogo à ameaça de atentado terrorista, a ser analisado pela delegacia da criança e do adolescente.
“Posso afirmar que o menor não teve nenhuma participação na bomba deixada em frente à igreja, uma vez que ele apenas aproveitou-se da notícia da bomba, criando um perfil fake pra aterrorizar a população de Brazlandia e se auto promover. Coisa de adolescente internauta inconsequente”, disse o delegado-chefe da 18ª Delegacia de Polícia do DF, Adval Cardoso.
Cardoso afirmou ainda que já foram ouvidas ao menos 10 pessoas na investigação iniciada pela Polícia Civil, mas não informou se houve avanços para comprovar que o grupo Maldição Ancestral tenha colocado a bomba.
A Polícia Federal já obteve as informações da Polícia Civil e poderá tomar novos depoimentos. O esquema de segurança na posse de Bolsonaro dia 1º de janeiro não será alterado, segundo a PF.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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