O tribunal misto que vai definir o possível impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi composta na terça-feira, 29, com a escolha de cinco deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Em votação com direito a empate e até recontagem de votos, foram escolhidos os cinco parlamentares entre nove candidatos. O Partido Social Liberal (PSL) chegou a ter três candidatos possíveis não conseguiu emplacar nenhum nome nessa comissão mista formada por deputados e desembargadores. As legendas que estarão representadas são Partido Social Democrático (PSD) com Chico Machado, Novo com parlamentar Alexandre Freitas, o Partido dos Trabalhadores (PT) com Waldeck Carneiro e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com Dani Monteiro. Carlos Macedo, do Republicanos, será o quinto representante da Alerj na comissão.
Os cinco deputados se juntam a cinco desembargadores do Estado que foram escolhidos na segunda-feira, 28, por meio de um processo de sorteio. O deputado petista Waldeck Carneiro evitou especular o assunto, mas afirma desejar que o Estado consiga sair dessa sucessão de escândalos que levaram o Rio de Janeiro ao fundo do poço. “Quero participar do processo porque com isso posso contribuir com uma análise objetiva de levar interesse publico. O Rio de Janeiro precisa virar essa página e inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento econômico”, afirma.
Os advogados de Wilson Wtizel tem 15 dias para apresentar a defesa. A comissão mista vai primeiro decidir se aceita a denúncia de improbidade administrativa. Para ser acolhida, basta apenas maioria simples. Em caso de acolhimento da denúncia, a comissão vai se debruçar sobre suspeitas, denúncias e acusações contra o governador afastados ao longo de 120 dias. E então decidir se Witzel terá o mandato cassado. Para que isso aconteça são necessários dois terços dos votos dos integrantes da comissão. Ou seja, sete dos dez votos.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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