Com desfiles híbridos, a tradicional Paris Fashion Week — a mais aguardada semana de moda internacional — começa nesta segunda-feira (28) na capital francesa. No início do ano, quando a pandemia de Covid-19 explodiu na Europa e nos Estados Unidos, as passarelas de Nova York, Milão, Londres e Paris exibiam as coleções outono/inverno. Algumas marcas cancelaram a apresentação, enquanto outras foram para o digital.
Depois dessa experiência, as marcas já se prepararam para apresentar novas coleções de outras formas — o que veio a calhar diante dos temores de uma segunda onda da pandemia. Mês passado, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, autorizou o evento presencial desde que respeitasse as regras de distanciamento, uso de máscaras e restrição de público. Nomes como Ralph Lauren e Tommy Hilfiger optaram por ficar de fora das apresentações.
Às vésperas da eleição presidencial, as passarelas também exibiram protestos políticos, com estímulos ao voto e mensagens incisivas — como a frase “Vote ou Morra – De Verdade Dessa Vez” da marca Pyer Moss. Já em Londres a maior parte apresentou as coleções remotamente, com algumas optando por sessões particulares marcadas previamente. Milão, localizada em uma das regiões mais afetadas pela pandemia na Itália, teve cerca de 60% dos desfiles digitalizados.
Nomes como Prada, Versace e Armani ficaram online — enquanto Fendi enxugou a lista de convidados de 1500 para 130. A Gucci ficou de fora da Milão Fashion Week. A partir desta segunda-feira (28), Paris receberá ao todo 84 desfiles e somente 18 serão presenciais. Em nota, a Câmara da Alta Costura disse que está em constante contato com as autoridades de saúde e criou protocolos específicos para o evento. Na semana passada, o presidente francês, Emmanuel Macron, voltou a impor restrições de circulação para conter uma segunda onda de coronavírus no país.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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