Com 13 candidatos, a disputa à Presidência da República foi marcada por erros nas pesquisas, reviravoltas e a prevalência das redes sociais sobre a propaganda no rádio e na TV.
Por causa da grande quantidade de presidenciáveis, a corrida deste ano chegou a ser comparada com a de 1989. Assim como na primeira eleição desde a redemocratização, o pleito de 2018 também teve crise econômica como pano de fundo, a alta rejeição ao governo e a busca por “outsiders” e por um nome de centro.
Ainda no campo das semelhanças, dois dos principais personagens de 89 anunciaram que pretendiam voltar à disputa eleitoral: Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista, preso em Curitiba, foi impedido de participar do processo e acabou substituído por Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno. Já Fernando Collor desistiu antes mesmo da corrida começar.
Por outro lado, as protagonistas destas eleições foram as redes sociais. Destaque ainda para as fake news ou notícias falsas, que dominaram o cenário político.
De “kit gay” à “câncer no intestino”, os candidatos tiveram que lidar com o poder de disseminação das redes, para o bem e para o mal.
O líder da disputa e agora presidente eleito, Jair Bolsonaro, do PSL, soube aproveitar a onda e deixou de ir aos debates, após o atentado que sofreu em Juiz de Fora.
Ele tinha apenas dezessete segundos de propaganda, mas com transmissões ao vivo e twittadas formou uma legião de eleitores – e fãs – pela internet.
O primeiro turno também foi de surpresas e contrariou até as principais pesquisas de intenção de votos, principalmente após o ataque a faca contra Jair Bolsonaro, que mobilizou a classe política e o eleitorado.
Entre os nanicos, João Amoedo, do Novo, alcançou dois e meio por cento dos votos, ficando acima de candidaturas como de Henrique Meirelles, apoiado por Michel Temer, e Marina Silva, da Rede, uma das favoritas no início da corrida presidencial, mas que amargou um por cento dos votos válidos.
Destaque também para Cabo Daciolo, do Patriota. Caricato, alcançou mais de um milhão e trezentos mil eleitores, sempre acompanhado do bordão que virou marca registrada:
Álvaro Dias, do Podemos, Vera Lúcia, do PSTU, João Goulart Filho, do PPL, Guilherme Boulos, do PSOL e José Maria Eymael, da Democracia Cristã, ficaram abaixo de um por cento.
O tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, aparecia como aposta do centro.
Com mais tempo no rádio e na TV, o candidato do PSDB não deslanchou e terminou em quarto lugar, uma frustração para quem comandou o maior estado do país.
Na reta final, Ciro Gomes, do PDT, apareceu como opção à polarização entre PT e Bolsonaro, mas ficou para trás e não alcançou o segundo turno.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
http://bit.ly/2GLekLr https:http://bit.ly/2RgJ0Zb
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