O final de semana foi movimentado em frente ao prédio onde mora o ex médico, no bairro dos Jardins, área nobre da capital paulista. Isso porque na sexta-feira, 28, a Justiça de São Paulo revogou a prisão domiciliar de Abdelmassih. O ex-médico foi condenado a mais de 170 anos de prisão pelo estupro de 56 pacientes. Ele estava em prisão domiciliar por causa da pandemia da Covid-19, por ser considerado grupo de risco por ter 76 anos e enfrentar outros problemas de saúde. A decisão, assinada pelo desembargador José Raul Gavião de Almeida, atende um recurso do Ministério Público paulista. O juiz alegou que o problema no coração vivido pelo ex-médico “é o mesmo para qualquer um que tenha uma cardiopatia desta natureza, dentro ou fora do sistema prisional” e que outras questões de saúde apontadas pela defesa podem ser tratadas dentro da unidade prisional.
Prisão domiciliar
A Justiça havia autorizado, em abril, que o ex-médico deixasse a Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado. O pedido foi feito pela esposa e advogada do ex-médico, Larissa Maria Sacco Abdelmassih, alegando que ele fazia parte do grupo de risco para Covid-19 por causa da idade e dos problemas de saúde preexistentes. À época, o MP já havia se manifestado contra o pedido. Segundo a juíza Sueli Zeraik, o preso possuía bom comportamento, sem registro de infração disciplinar apesar da “longuíssima pena imposta”, escreveu. Ele foi liberado sem a exigência de tornozeleiras eletrônicas por falta de aparelhos disponíveis.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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