Mesmo com o chefe na cadeia, uma quadrilha de tráfico de drogas movimentou mais de R$ 300 milhões em imóveis, carros e empresas para lavar dinheiro. A Operação Pavo Real, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira, 27, mirou o grupo liderado por Jarvis Chimenes Pavão, líder do crime organizado na fronteira com o Paraguai. Mesmo preso há 11 anos, ele mantinha toda uma rede composta por familiares e parceiros coordenando as atividades ilícitas por eles. Por isso, o chefe da coordenação-geral de repressão a drogas, armas e facções criminosas da PF, delegado Elvis Secco, diz que o foco da operação não era os entorpecentes.
Os imóveis estavam em nome de terceiros que, segundo a PF, recebiam mesadas e utilizavam empresas de câmbio para lavar dinheiro enviando as quantias no exterior. De acordo com o chefe da diretoria de operações de repressão a drogas da Polícia Federal, delegado Leonardo dos Santos, mesmo já estando preso, Pavão será novamente indiciado. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 67 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e no Distrito Federal. Durante a operação deflagrada nesta quinta-feira, 28, foram apreendidos muitos veículos de luxo, relógios, dinheiro vivo e uma arma.
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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