O movimento islâmico Hamas anunciou, nesta segunda-feira, 31, um acordo de cessar-fogo com Israel. O movimento, que está no poder na Faixa de Gaza, e as autoridades israelenses já haviam decretado trégua no ano passado, mas continuavam se enfrentando ocasionalmente. As tensões escalaram depois de junho, quando Israel tentou colocar na pauta do parlamento a anexação de partes da Cisjordânia. A proposta foi classificada pelo Hamas como “declaração de guerra” e após pressão internacional, o projeto foi adiado. Em agosto, o movimento islâmico aumentou o número de lançamentos de balões incendiários e foguetes contra Israel, ocasionando cerca de 400 incêndios no país. As autoridades responderam com bombardeios diários na Faixa de Gaza. Os israelenses também bloquearam a porta de acesso de bens de consumo e interromperam o fornecimento de combustível, deixando os palestinos no escuro por 20 horas ao dia.
O acordo de cessar-fogo foi mediado por um emissário do Catar, na região desde a última terça-feira. Por meio de nota, Hamas afirmou que projetos foram anunciados para aliviar os impactos da pandemia na Faixa de Gaza, que registrou o primeiro surto de coronavírus na semana passada. O grupo não deu detalhes do acordo, mas segundo a imprensa internacional, o representante do Catar teria oferecido ajuda de 30 milhões de dólares aos palestinos. Israel também teria se comprometido a reduzir as sanções aplicadas nas últimas semanas.
*Com informações do repórter Nanny Cox
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