O setor de eventos estima prejuízo de R$ 90 bilhões com a pandemia de coronavírus. Mais de 300 mil eventos foram cancelados ou transferidos diante da preocupação com o potencial de transmissão de aglomerações de pessoas. De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, 580 mil empregos diretos foram perdidos. O presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, afirma que alguns tipos de eventos têm atividades semelhantes a setores que já retornaram.
O São Paulo Expo, o maior espaço de eventos do Brasil, costumava receber cerca de 120 eventos por ano. Desde a segunda quinzena de marços, os 110 mil metros quadrados estão vazios. Com os meses de paralisação, a GL Events, empresa que administra o local, calcula prejuízo de 60% no faturamento. A organização de um evento do tamanho dos que são realizados no São Paulo Expo leva cerca de um ano. O diretor de Desenvolvimento de Negócios da GL, Rodolfo Andrade, aguarda apenas o aval do poder público para a retomada das atividades.
A Diverti, responsável por festivais e camarotes, viu a receita zerar imediatamente. A empresa enxergava o carnaval como o recomeço, e agora calcula que só deve retomar as atividades no segundo semestre do ano que vem. Para ganhar fôlego durante o isolamento, a empresa entrou no mundo das lives. O dono da Diverti, Gui Marconi, não vê no formato o futuro dos festivais, mas acredita em um modelo integrado. Até o momento, os principais eventos cancelados no país devido à pandemia foram o GP Brasil de Fórmula 1, a Parada LGBT, a Marcha Para Jesus, o Carnaval e festas tradicionais de Réveillon, como, por exemplo, a da Avenida Paulista.
*Com informações da repórter Nanny Cox
Nenhum comentário:
Postar um comentário