Atualmente, 264 mil refugiados vivem no Brasil, mas somente 43 mil têm a situação reconhecida pelo governo. Os dados são do Acnur, braço da ONU para refugiados. Segundo a agência, metade desse contingente deixou a Venezuela, país que enfrenta uma grave crise política e econômica. A chefe do escritório do ACNUR em São Paulo, Maria Beatriz Nogueira, explica que nos últimos anos, houve aumento de crianças e mulheres entre as pessoas que procuram refúgio no país. Só no primeiro semestre deste ano, o Centro de Referência para Refugiados da Caritas Arquidiocesana de São Paulo teve 1878 novos registros de atendimento. É o maior número para o período desde 2016. Do total, 60% são venezuelanos, 11% vêm da Colômbia e 4%, da Nigéria.
O diretor da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, padre Marcelo Maróstica Quadro, destaca a vulnerabilidade do público que busca ajuda. Entre as principais necessidades dos refugiados estão alimentos, itens de higiene e apoio financeiro para moradia. Eles também buscam inserção no mercado de trabalho e orientações para regularização migratória. Atualmente, 1% da população mundial está em deslocamento forçado, sendo que metade é composta por crianças.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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