Há dois anos, o cabo da Polícia Militar, Caique Silva Siqueira, sofre com o estresse do trabalho e toma três remédios diferentes por dia para tratar um quadro de depressão. Desde então, com dezenas de pedidos médicos, o cabo de 24 anos passa os dias lutando para conseguir o aval de afastamento definitivo do trabalho. Segundo um dos relatórios médicos enviados à reportagem pelo PM, o psiquiatra Fernando Meiberg Mauad justificava mais uma das solicitações de afastamento de Caique, alegando que o policial apresentava “tristeza profunda”, “ideação suicida frequente” e “heteroagressividade”.
Mesmo assim, segundo relata o PM, ele sempre foi obrigado a ir voltar para o serviço. Segundo o presidente da FENEME, a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares, coronel Elias Miler da Silva, o caso de Caique representa um problema comum nas PMs brasileiras, que é a dificuldade para o apoio psicológico. Em nota, a Polícia Militar disse que o policial foi afastado por dez dias e, antes, remanejado para o serviço interno, em razão da sua condição de saúde. A PM, no entanto, não detalhou os motivos das negativas para o afastamento, após dezenas de relatórios psiquiátricos apresentados pelo policial. A corporação afirmou, também, que conta com psiquiatras próprios e conveniados, além de psicólogos que atendem nos núcleos existentes em todo o Estado.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
https://ift.tt/2EBzBqb https://ift.tt/2LUbLH9
Nenhum comentário:
Postar um comentário