Uma das três vítimas do ataque terrorista ocorrido nesta quinta-feira, 29, dentro da Basílica Notre-Dame de Nice, na França, era uma brasileira. Segundo o Itamaraty, a mulher residia no país europeu, tinha 40 anos, e era mãe de três filhos. Ela foi apunhalada, mas conseguiu fugir da basílica e se esconder em um café. Porém, não resistiu aos ferimentos. “O Presidente Jair Bolsonaro, em nome de toda a nação brasileira, apresenta suas profundas condolências aos familiares e amigos da cidadã assassinada em Nice, bem como aos das demais vítimas, e estende sua solidariedade ao povo e governo franceses”, disse o consulado em nota.
“O Brasil expressa seu firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo, assim como em favor da liberdade de expressão e da liberdade religiosa em todo o mundo. Neste momento, o Governo brasileiro manifesta em especial sua solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença”, acrescentou o Itamaraty, que disse estar prestando assistência consular à família da brasileira morta no ataque.
As outras duas vítimas foram uma mulher de cerca de 70 anos, encontrada morta com a cabeça quase separada do corpo perto da entrada da igreja, e um homem de 55 anos, sacristão da basílica identificado como Vincent, que também foi quase decapitado. A polícia nacional e municipal interviram e o homem que atacou foi preso após ser baleado pelos oficiais. Ele está em estado de urgência e foi levado ao hospital. A Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) abriu investigação por assassinato e tentativa de assassinato em conexão com “empresa terrorista” e “associação criminosa terrorista”. A França sofreu pelo menos três ataques nesta manhã. Além do atentado a facas em Nice, um homem com uma lâmina foi preso na cidade de Lyon e outro foi morto pela polícia após ameaçar pessoas com uma arma em Avignon. O Consulado francês em Jeddah, na Arábia Saudita, também registrou um ataque nesta manhã, onde um guarda de segurança foi ferido. Ainda não se sabe se os quatro ocorridos tem alguma relação.
Outros ataques
No dia 16 de outubro o professor Samuel Paty foi decapitado na região de Conflans-Sainte-Honorine, a cerca de 30 quilômetros de Paris. O docente de história mostrou, em uma de suas aulas, uma caricatura de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão — o que irritou vários muçulmanos. No fim de setembro, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas também após um ataque a facas próximo aos escritórios do jornal francês Charlie Hebdo, na capital francesa. No início daquele mês a revista satírica francesalevou às bancas as charges de Maomé que, em 2006, tornou-se alvo de jihadistas. Ainda não se sabe se há relação entre as ocorrências.
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