A Petrobras apresentou na noite desta quarta-feira, 28, o balanço trimestral da empresa, registrando prejuízo de R$ 1,54 bilhão. Segundo comunicado, nos meses de julho a setembro, o preço do petróleo no mercado internacional e a produção da petrolífera estatal subiram. O consumo interno também deu sinais de recuperação e, cada vez mais, as refinarias brasileiras são acionadas para produzir derivados, como gasolina e óleo diesel, e substituir importações. Despesas financeiras inesperadas, que não acontecem com frequência, no entanto, não ajudaram, levando a petrolífera estatal a fechar o terceiro trimestre consecutivo do ano com resultado negativo.
A perda bilionária do período, porém, é 43% menor do que a do trimestre anterior, de R$ 2,7 bilhões. No período de abril a junho, ápice da pandemia do novo coronavírus no Brasil, suas contas tinham sido fortemente afetadas pelas quedas bruscas da cotação da commodity e da demanda por combustíveis. Segundo a estatal, dificuldades já não pesam tanto no caixa da companhia. O que teria prejudicado de fato dessa vez foi a adesão a programas de anistia tributária e um prêmio pago na recompra de títulos, o que custou R$ 4,7 bilhões. Não fosse isso, o lucro líquido teria sido de R$ 3,2 bilhões e a geração de caixa de R$ 37,3 bilhões.
“A rápida resposta à recessão global está começando a dar resultados”, afirmou o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na carta de apresentação do resultado financeiro aos investidores. Ele acrescentou, contudo, que “há desafios difíceis à frente” e que a ideia continua a ser “maximizar valor e não produção”. Com isso, sinaliza que vai continuar focando nas finanças e remuneração dos investidores. Na nota divulgada pela Agência Petrobrás, a empresa classificou o ano de 2020 como “desafiador”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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