O Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, vai fechar as portas por tempo indeterminado após o incêndio da última terça-feira (27), que fez vitimas e expôs falhas estruturais e de conservação na unidade. O fechamento acontece já em novembro. A ideia é dar férias coletivas para os cerca de 3,5 mil funcionários. Apenas uma equipe da área de transplantes iria continuar trabalhando, só que em uma outra unidade federal — o Hospital da Lagoa. Pelo Hospital de Bonsucesso passavam, diariamente, cerca de 2 mil pessoas. As transferências dos pacientes que estavam internados começaram ainda na terça, logo apos o incêndio. Na quarta (28), a unidade foi quase totalmente esvaziada. Alguns pacientes receberam alta antecipada por conta das condições da unidade.
Os bombeiros passaram a quarta-feira na chamada operação de rescaldo e ainda havia focos de fumaça persistente. A necessidade de investimentos no local já havia sido exposta ha mais de um ano em uma carta enviada ao Ministério da Saúde. Nela, foram apontados problemas de estrutura elétrica, hidrantes, geradores e houve até manifestação de risco de explosão. Para a pesquisadora da UFRJ, Cristina Barros, o Hospital de Bonsucesso era cheio de armadilhas — uma espécie de bomba relógio. “Se a gente olha nos registros, a direção já tinha avisado que o hospital precisava de investimento para reforma na parte elétrica.” A principal suspeita para o incêndio é de pane elétrica. Agentes da PF estiveram na unidade e um inquérito foi aberto para apurar as causas do incêndio com vitimas.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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