A embaixada da China no Brasil reagiu a declarações do subsecretário para Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Keith Krach, em relação à tecnologia 5G do país asiático. Nesta quarta-feira (12), em Brasília, Krach disse que aliados precisam se unir para proteger dados e interesses de segurança nacional do “estado de vigilância do Partido Comunista Chinês e de outras entidades malignas”.
O representante do governo Trump também afirmou que a preocupação com a atuação da China é compartilhada por democratas e republicanos. O subsecretário está no Brasil desde o início desta semana e conversou com empresários e autoridades. Pelas redes sociais, o embaixador chinês, Yang Wanming, classificou Krach de “desavergonhado” e mentiroso. Depois, a embaixada da China disse que o objetivo do norte-americano é caluniar e tentar implantar distúrbios na parceria sino-brasileira.
Em nota, declarou que a Casa Branca busca promover “guerra fria tecnológica e bullying digital”. Segundo a embaixada, durante muito tempo, Washington conduziu de forma indiscriminada atividades de vigilância e espionagem cibernéticas contra estrangeiros. Por outro lado, a representação diplomática afirma que a Huawei, empresa chinesa líder em 5G, tem mantido um excelente histórico de segurança. A nota garantiu que não há nenhuma legislação na China que exija das empresas colaboração com a espionagem cibernética.
A embaixada diz que o objetivo dos Estados Unidos não é salvaguardar a segurança nacional ou dados de outros países, mas cercear as empresas chinesas, coagir outras nações e manter o monopólio tecnológico. E ainda fez um apelo para que a maioria dos países, incluindo o Brasil, tome decisões objetivas, independentes e não discriminatórios contra empresas da China e de outras nacionalidades.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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