A publicitária Heloísa Sefrian, de 26 anos, sempre foi extrovertida no trabalho, daquelas que é simpática com todo mundo. Ela conta que antes da pandemia, teve uma experiência do home office e se adaptou bem às reuniões virtuais com clientes. “A gente costuma ligar para os clientes ou então marcar uma videoconferência para poder falar com as pessoas. Eu acho a videoconferência acaba sendo um pouco mais próxima porque você vê a expressão do outro, a sua fala mostra como você está se sentindo, se você está feliz, se não está feliz. Não é aquela mensagem fria”, conta. O noivo de Heloisa, Bruno, trabalha em uma empresa que decidiu adotar o home office definitivo. Para se concentrar, ele passa o tempo todo no quarto. O analista de sistema diz que o mais difícil é manter o equilíbrio emocional. Os dois acreditam que a comunicação com a equipe não foi afetada pelo novo sistema de trabalho. Porém, muitos profissionais notaram uma dificuldade na compreensão por causa da redução do contato físico.
Para o especialista em neolinguística, Claudio Lara, as pessoas terão de ser mais específicas ao se expressar. “Então eu vou ter que exagerar a minha face, sorrir mais ou vou ter que fazer mais cara de bravo. A minha face eu vou ter que exagerar, o meu tom de voz vai ter que ser exagerado também e as palavras eu vou ter que ser mais específico na descrição das palavras”, explica. O especialista diz também que a objetividade ficou mais necessária no trabalho remoto. Além das expressões faciais, ele recomenda que os participantes de videoconferências usem as mensagens de texto para demonstrar atenção sem interromper as reuniões.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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