segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Dólar despenca para R$ 5,22 e Bolsa vai a 105 mil pontos com vitória de Biden e avanço de vacina

A vitória de Joe Biden na corrida pela Presidência dos Estados Unidos e divulgação da análise que aponta 90% de eficácia da vacina da Pfizer contra o novo coronavírus animaram o mercado financeiro nesta segunda-feira, 9. Próximo das 11h50, o dólar recuava 2,45%, cotado a R$ 5,261. Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a despencar para R$ 5,225, enquanto na máxima não passou de R$ 5,291. Este é o menor patamar da divisa desde 31 de julho, quando encerrou a R$ 5,217 na venda. Na sexta-feira, 7, a divisa fechou em R$ 5,392, com recuo de 2,74%. Seguindo o bom humor dos mercados internacionais, a Bolsa de Valores brasileira também opera em forte alta. O Ibovespa, o principal índice da B3, operava em 104.201 pontos, avanço de 3,25%. A Bolsa não alcançava este patamar há mais de três meses.

O fim do pleito pelo comando da maior economia do mundo fez os investidores apostarem no risco, apesar do resultado ainda ser contestado pela campanha de Donald Trump. As prévias divulgadas na mídia norte-americana apontaram a vitória de Joe Biden no início da tarde deste sábado, 7. O democrata somou 290 delegados eleitorais, acima dos 270 necessários para vencer a disputa, ante os 214 totalizados por Trump. Apesar dos resultados, o republicano negou a vitória do adversário e afirmou que irá buscar na Justiça a garantia de permanecer na Casa Branca. O bom humor foi reforçado pelo anúncio da Pfizer de que análises preliminares apontaram que o imunizante desenvolvido pela farmacêutica tem 90% de eficácia contra a Covid-19. Apesar da notícia positiva, os dados ainda precisam ser revisados por pares. Essa etapa é necessária para que os resultados sejam publicados em uma revista cientifica e possam seguir para aprovação nos órgãos reguladores. De acordo com a Pfizer, isso vai acontecer logo depois que todos os resultados do estudo forem disponibilizados.

O mercado também está na expectativa da apresentação da equipe de Biden que deverá liderar os esforços contra o novo coronavírus nos Estados Unidos. O país está próximo de registar 10 milhões de casos, enquanto o número de mortes superou 237 mil vítimas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins divulgados nesta segunda-feira. No mundo todo, foram registrados 50 milhões de casos. O democrata deve anunciar hoje os especialistas que farão frente no combate ao vírus, em uma atitude diferente do atual residente da Casa Branca, que por diversas vezes minimizou os efeitos da pandemia.

 

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