O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender que houve fraude e falta de transparência no processo eleitoral. No sábado, 07, a Pensilvânia foi o Estado decisivo para que as projeções apontassem Joe Biden como vencedor. Nesta segunda-feira, 0, pelo Ttwitter, o republicano disse que sua equipe foi impedida de assistir a grande parte da contagem de votos, o que é “impensável e ilegal” no país. Trump também atacou a contagem em Nevada, dizendo que o Estado “está se transformando em uma fossa de votos falsos”. Segundo ele, por lá, “estão encontrando coisas que, quando lançadas, serão absolutamente chocantes”.
Em coletiva de imprensa, representantes de Trump e do Partido Republicano continuaram a sustentar que houve fraudes, mas não apresentaram provas. A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany (Keily MacNãnny), defendeu que a eleição está longe do fim e afirmou que os democratas estão sendo coniventes com fraudes. Ela exigiu que todos os votos que considera “legais” sejam contabilizados, e todos os “ilegais”, descartados. No geral, poucas emissoras dos Estados Unidos transmitiram a coletiva, e a Fox News decidiu interromper a declaração dizendo que a porta-voz não estava apresentando provas das afirmações. Apoiando Trump, o vice-presidente Mike Pence, afirmou, pelas redes sociais, que “não acaba até que acabe… e não acabou!”. Ele disse que os aliados do presidente vão continuar lutando até que cada voto que consideram “legais” sejam contados.
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizou que promotores federais investiguem “alegações específicas” de fraude eleitoral. Ele advertiu que as os relatos “devem ser tratados com muito cuidado” e que “reivindicações capciosas, especulativas e fantasiosas não devem ser base para iniciar inquéritos federais”. A autorização de Barr levou o funcionário do Departamento de Justiça que supervisionava as investigações de fraude eleitoral, Richard Pilger, a renunciar. Ao mesmo tempo, o líder republicano no Senado, Mitch McConell, garantiu que o presidente está “100% dentro de seus direitos” ao pedir que alegações de irregularidades sejam investigadas. Em um pronunciamento no Congresso, o senador não reconheceu Joe Biden como presidente eleito. Também nesta segunda-feira, Donald Trump anunciou a demissão do secretário de Defesa, Mark Esper, e anunciou como interino Christopher Miller, diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo. O agora ex-chefe do Pentágono já vinha discordando do presidente em alguns pontos. Esper foi contra, por exemplo, a ideia de usar tropas em protestos antirracismo que ganharam força após a morte de George Floyd.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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