As estatísticas da segunda onda de contágios por Covid-19 na Europa continuam assustadoras. Só na terça-feira (10), o Reino Unido teve 532 mortes causadas pela doença — maior taxa desde maio passado. A França, que chegou a registrar quase 90 mil casos novos no final de semana, segue em alerta máximo apesar da redução dos últimos dias. Na Espanha, foram mais de 400 mortes causadas pela doença e o novo confinamento ainda não apresentou resultados nas estatísticas.
Diante deste cenário, a União Europeia anunciou um acordo para comprar 300 milhões de doses da vacina produzida na Alemanha. O contrato com os laboratórios Pfizer e BioNTech já está acertado e a assinatura deve ser feita nos próximos dias. A Espanha deve ser o primeiro país do bloco a receber o imunizante, seguida pela Itália. A União Europeia já tem também contratos firmados com outras vacinas sendo pesquisadas, incluindo a de Oxford/AstraZeneca.
A vacina que está sendo desenvolvida no Reino Unido e também ai no Brasil pela Fiocruz é, na verdade, a grande aposta do continente. Os britânicos preparam uma operação de guerra para iniciar a campanha de vacinação já em 1º de dezembro. O país comprou 40 milhões de doses da Pfizer — mas os custos da vacina em si e da operação logística são exorbitantes. O Reino Unido não divulgou detalhes do contrato para essa que promete ser a primeira vacina do Covid-19.
O jornal The Daily Telegraph de Londres, no entanto, fala que os americanos vão pagar o equivalente a R$ 211 pelas duas doses necessárias para cada pessoa imunizada — e o país provavelmente conseguiu um bom desconto porque foi investidor direto nesta pesquisa. A vacina de Oxford, no entanto, está sendo negociada com a Europa pelo equivalente a apenas R$ 16 por dose. A vacina da Inglaterra é muito mais barata por utilizar métodos tradicionais de produção — enquanto a da Pfizer/BioNTech usa tecnologia inédita.
O governo de Londres está convocando médicos aposentados e estudantes para ajudarem na campanha de vacinação. A meta é conseguir aplicar um milhão de doses por semana em milhares de centros que estão sendo preparados ao redor do país. O Reino Unido espera receber o primeiro lote com 10 milhões de doses de vacinas da Pfizer já no mês que vem, assim que a aprovação regulatória seja concedida.
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