O presidente Bolsonaro usou as redes sociais para tentar atenuar a polêmica acerca do vazamento das mensagens onde ele convocava a população para os atos em sua defesa no próximo dia 15. Bolsonaro vem sendo apontado como anti-Congresso por supostamente ter endossado o discurso de parte dos movimentos que organiza a manifestação.
Nas postagens desta quarta-feira, o presidente admitiu que troca mensagens com ‘algumas dezenas de amigos’ pelo aplicativo, mas afirmou que as conversas são de ‘cunho pessoal’, e a divulgação delas, uma ‘tentativa de tumultuar a República”.
Tenho 35Mi de seguidores em minhas mídias sociais, c/ notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 26, 2020
O print vazado pelo BR Político, do Estadão, mostra o presidente enviando um vídeo de quase dois minutos, com imagens da bandeira do Brasil e do dia em que ele foi esfaqueado, acompanhado do texto “15 de março. Gen Heleno/Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre.”
Os atos começaram a ser organizados após o vazamento de uma conversa do ministro Augusto Heleno (GSI) ter sido vazada pelo sistema de som do Planalto. Ele dizia que o governo deveria chamar a população para ir às ruas pressionar deputados e senadores, a quem ele chamava de “chantagistas”.
Um panfleto que circula nas redes sociais convoca todos para o ato, exaltando as figuras dos militares que fazem parte do governo atual, como o general Hamilton Mourão, vice-presidente. “Os generais aguardam as ordens do povo”, diz o informe, assinado pelos “movimentos patriotas e conservadores do Brasil”. O texto pede também a saída de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM-AP) dos seus cargos.
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