O Palácio Guanabara, sede do Governo do Rio de Janeiro, rebateu críticas feitas pela Anistia Internacional em um relatório com relação a política de segurança do governador Wilson Witzel.
Segundo a Anistia, Witzel tem estimulado uma política de intervenções militarizadas em áreas carentes, favelas e comunidades do Rio, que tem resultado em altos índices de violência, criminalidade e mortes.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, órgão ligado a Secretaria de Segurança Pública, mais de 1.600 pessoas morreram em todo o Estado do Rio em operações policiais. A maioria tinha ligações com o tráfico ou com grupos milicianos.
A Anistia cobrou ainda resultados mais concretos sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, que completa, no próximo mês de março, dois anos.
Em nota, Palácio Guanabara se defendeu dizendo que há décadas há um descaso das autoridades da área de segurança no Rio, que deixou pessoas carentes, que vivem em favelas e comunidades sobre as leis do crime, traficantes e milicianos. Algo precisava ser feito, e o Governo do Estado não poderia ser omisso nessa atual gestão.
O objetivo principal, segundo Witzel, é reduzir os índices de violência e criminalidade. Em tom de resposta, a nota fala que todas as alternativas e propostas sugeridas pela Anistia agravaram o problema da violência e da criminalidade ao longo dos últimos anos. Essas alternativas criaram mais vítimas nessas comunidades.
Sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, Witzel, que está em uma viagem aos Estados Unidos, disse que as investigações sobre a motivação e possíveis mandantes continuam, mas os executores já foram presos.
* Com informações de Rodrigo Viga.
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