Os laudos periciais feitos a pedido da defesa e do Ministério Público da Bahia para detalhar as circunstâncias da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães, o ‘Capitão Adriano’, devem ser divulgados na próxima semana.
Uma nova necrópsia foi realizada no último dia 20 por peritos da Bahia no Rio de Janeiro, onde o corpo de Adriano estava sendo mantido até a sexta-feira, véspera de carnaval. Ele foi sepultado em uma cerimônia discreta em um cemitério do Rio.
O prazo de 15 dias para o laudo complementar ser oficialmente enviado à justiça da Bahia vence na próxima semana. O exame ocorreu a pedido dos promotores de Justiça de Esplanada (BA), zona rural do Estado, onde Adriano foi morto por fuzilamento no dia 9 de fevereiro, após supostamente revidar com tiros a uma operação policial que visava prendê-lo.
Além disso, os peritos contratados pela família de Adriano receberam 10 dias para apresentar um laudo particular. A defesa não quer usar todo o prazo, mas pretende apresentar suas conclusões apenas após analisar o laudo requisitado pelo MP.
Paulo Emílio catta Preta, advogado de Adriano na Operação Os Intocáveis, que tinha as milicias como foco, espera que Secretaria de Segurança Pública da Bahia anexe no processo de apuração liderado pela Polícia Civil as gravações de diálogos feitos por radiotransmissores dos policiais envolvidos na operação, além da coleta das digitais e munições não deflagradas encontradas na pistola atribuída a Adriano.
Familiares de Adriano e sua ex-companheira, Julia Lotufo, não se pronunciaram sobre o caso. Segundo o advogado, dias antes da morte na Bahia, Adriano e Julia disseram que ele temia ser assassinado, e não preso. “Com as repercussões sobre os arquivos que ele poderia revelar, a família fica um pouco receosa, mas não estão sob proteção”, afirma Catta Preta.
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