A Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos prevê um crescimento da produção com a paralisação parcial das fábricas chinesas em função do surto de coronavírus.
De acordo com a ABIMAQ, as encomendas no Brasil podem aumentar após os centros de produção na China reduzirem a oferta e suspenderem as atividades por causa da epidemia, que já matou mais de 2.700 pessoas somente no país.
O presidente executivo da associação, José Velloso, prevê um incremento não só das exportações, mas também das vendas no mercado interno. “Cerca de 18% do que o Brasil consome de maquinas vem da China. E existe uma possibilidade desse material que vem da China ser substituído por produtos nacionais. Existe também a oportunidade de nós vendermos máquinas nacionais no exterior, substituindo máquinas da China que tenham problema de fornecimento.”
Velloso ressaltou, no entanto, que a epidemia de coronavírus também traz preocupação aos fabricantes nacionais que podem precisar substituir algumas peças, principalmente do setor eletrônico.
De acordo com o balanço divulgado pela ABIMAQ nesta quinta-feira (27), o faturamento do setor caiu 9,4% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado, e 3,6% em relação a janeiro de 2019.
A queda foi influenciada pela diminuição das exportações no ano passado na esteira da recessão na Argentina e da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
O presidente da ABIMAQ, José Velloso, acredita que a aprovação da reforma tributária pode dar um impulso aos fabricantes. “A gente julga que a principal reforma que precisa ser feita no Brasil do ponto de vista dos setores produtivos.”
Segundo José Velloso, há uma boa vontade dos parlamentares em avançar com o projeto. Ele afirmou que muitos deputados e senadores têm procurado a associação para conseguir informações sobre o setor de máquinas e equipamentos e acredita na aprovação na Câmara ainda no primeiro semestre deste ano.
*Com informações do repórter Beatriz Manfredini
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