sábado, 1 de agosto de 2020

PCC pode estar envolvido em assaltos a bancos em Botucatu, diz promotor

Há indícios de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos recentes assaltos a agências bancárias no interior de São Paulo. A afirmação foi feita pelo promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya. Segundo ele, considerando as características dos recentes assaltos é possível que as ações estejam ligados aos mesmos criminosos. “Pelo DNA dos ataques é bem possível que seja um grupo organizado, que tenha ligação entre a maioria dos ataques e os que criminosos estejam ligados entre si. As investigações estão correndo na Polícia Civil, mas há indícios do envolvimento da facção paulista nessas ações”, afirma.

De acordo com Lincoln, trata-se de uma “investigação delicada que demanda tempo”. Para ele, o grupo que praticou os assaltos é “extremamente organizado”. “Essas quadrilhas estão preparadas para reação policial, os crimes são planejados com meses de antecedência, com a reunião de grande quantidade de armamento e criminosos treinado. Pela forma de ações, os criminosos tiveram treinamento militar. Então, o desafio para o MP  e para os policiais é como nos anteciparmos. Mas tenho certeza que a Polícia vai chegar, principalmente, aos mandantes, que são os que financiaram esse mega assalto. Mas tenho certeza que esse assaltos estão ligados”, garantiu o promotor, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Ao ser questionado sobre formas de prevenir esses crimes, Lincoln Gakiya acredita que o aperfeiçoamento dos sistemas de inteligência e uma cooperação dos grandes bancos podem ajudar. No entanto, de acordo com o promotor, a polícia já conseguiu se antecipar em outras ações. “Precisa de uma cooperação com os grandes bancos. O assalto foi feito com informação privilegiada sobre esses centros pagadores para rede bancária da região. Então, não acredito que faltam profissionais, o policiamento no interior é adequado. Mas o sistema de inteligência deve ser aperfeiçoado e, atuando junto com as redes bancárias, será possível tomar ações preventivas“, explica.

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