A justiça boliviana decidiu anular a ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales. O juiz Jorge Quino entendeu que houve “desrespeito ao direito de defesa” uma vez que Morales “não foi devidamente convocado” para se defender. No mês de julho, a Procuradoria-geral da Bolívia acusou o ex-mandatário por supostos financiamentos de atividades terroristas. Esta não foi a primeira ordem de prisão contra ele. Em novembro ele também foi acusado por insurreição e terrorismo. Na ocasião, ele renunciou à Presidência em meio a conflitos envolvendo acusações de fraude eleitoral.
Tanto o ex-presidente quanto o partido dele, movimento ao socialismo, repudiaram as ações e alegaram motivações políticas. A anulação do mandado de prisão ocorre a uma semana após a eleição de Luis Acre, da mesma legenda de Morales, como novo presidente da Bolívia. Atualmente, Evo Morales está exilado na Argentina e falou que pretende voltar ao país no dia 11 de novembro. Segundo ele, a Confederação Sindical Unificada dos Trabalhadores Rurais da Bolívia está discutindo a data de retorno. Morales disse que não perdeu a esperança de que a União das Nações Sul-americanas volte com representantes como Nestor Kirchner, Lula, Hugo Chávez e Rafael Correa no poder e que, para ele, isso “não está longe”.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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