Chegam, no domingo (4), ao Mato Grosso do Sul, 40 bombeiros da Força Nacional para auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal. O envio foi autorizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e atende a um pedido do governador do Estado, Reinaldo Azambuja. Neste sábado (3), integrantes da comissão do Senado que acompanha a situação no Pantanal visitam a cidade de Corumbá. Na sexta-feira (2), a comissão deu 30 dias para o ministro do Meio Ambiente explicar a queda em multas aplicadas pelo Ibama.
Os parlamentares querem que Ricardo Salles detalhe as sanções dos últimos cinco anos envolvendo casos no Pantanal e na Amazônia. A falta de informações sobre o combate ao desmatamento ilegal e o aumento das queimadas motivaram o pedido. Caso a determinação não seja atendida, o titular do Meio Ambiente pode responder por crime de responsabilidade. Os senadores querem um comparativo entre multas lançadas, pagas e as que estão em discussão judicial.
A senadora Simone Tebet, autora do requerimento contra Ricardo Salles, critica a falta de transparência. Tebet garantiu que o agronegócio da região preserva o meio ambiente e desenvolve a terra com sustentabilidade. O presidente da Comissão Externa do Pantanal, senador Wellington Fagundes, já está em Corumbá e fez um alerta. Ele e os demais integrantes da comissão se reuniram nesta sexta-feira com o comando da Marinha em Corumbá.
A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, explica que os Estados da região estão trabalhando de forma conjunta. Lazzaretti, que preside a Associação de Entidades Estaduais de Meio Ambiente, chama de trágicas as queimadas no Pantanal. Nesta sexta-feira, o desembargador federal Marcelo Pereira da Silva, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, aceitou um recurso da União e restabeleceu a validade das decisões do Conselho Nacional do Meio Ambiente, presidido por Ricardo Salles, que tiraram a proteção de manguezais e restingas.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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