A Covid-19 pode acabar com os planos do governo de levar embaixadores europeus e sul americanos para visitar a Amazônia nesta semana. A excursão, chefiada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e composta por 10 representantes internacionais, está marcada para partir de Brasília na quarta (4) e retornar na sexta-feira (6). No cronograma estão sobrevoos à áreas degradadas, visitas a projetos apoiados pelo governo e passeios turísticos pela região de Manaus. Como a situação do coronavírus lá tem piorado, Mourão acompanha o cenário para decidir sobre um possível adiamento.
A viagem faz parte de um esforço do governo federal para esclarecer a política ambiental brasileira à comunidade internacional. O presidente Jair Bolsonaro já disse algumas vezes que há uma campanha para difamar a imagem do Brasil no exterior, e a ideia é justamente mostrar que uma grande parcela da floresta ainda permanece intacta. Na última quarta-feira, o general Hamilton Mourão, que é o presidente do Conselho da Amazônia, diz que aguardava uma resposta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre se ele participaria da viagem.
Na quinta, Salles confirmou presença. Além dele, também deve representar o governo os ministros da Agricultura, das Relações Exteriores e do Gabinete de Segurança Institucional — além do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, tenente-brigadeiro do ar Raul Botelho. A viagem foi organizada após oito países europeus enviarem uma carta a Mourão, afirmando que a alta do desmatamento poderia dificultar a importação de produtos brasileiros.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
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