O ex-presidente Lula afirmou, através de seu advogado, que a autorização para sair da carceragem da PF e encontrar a família em um quartel seria um ‘vexame’. A permissão foi dada pelo ministro do STF Dias Toffoli, após a defesa solicitar a participação do petista no velório do irmão, Vavá, que morreu nesta terça (29).
“A decisão foi proferida quando o corpo já estava baixando a sepultura e o enterro já estava acontecendo”, disse, em coletiva, o advogado de Lula, Manoel Caetano Ferreira. “O presidente não concordaria em encontrar sua família em um quartel. Seria um vexame, um desrespeito”.
Lula havia sido impedido de participar do velório de Vavá após a juíza da Vara de Execuções Penais, Carolina Lebbos e o desembargador Leandro Paulsen, do TRF-4, negarem o pedido de habeas corpus da defesa feito nesta terça (29). Minutos antes do sepultamento, no entanto, a decisão contrária de Toffoli chegou a ventilar a possibilidade do petista comparecer à cerimônia. O local do encontro deveria ser uma unidade militar do Exército.
Genival Inácio da Silva, o Vavá, morreu de câncer nesta terça (29) em São Paulo. A informação foi divulgada primeiro pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e confirmada depois nas redes sociais do ex-presidente. “Vavá, em memória” diz o post feito no Twitter de Lula, seguido de uma foto dos dois.
Com a morte de Vavá, o ex-presidente poderia ter sido beneficiado pelo artigo 120 da Lei de Execução Penal (LEP), que autoriza a saída temporária de presos mediante “falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”. Desde abril do ano passado, Lula cumpre pena de 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato.
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