O secretário da Previdência, Rogério Marinho, se reuniu com cinco governadores nesta quarta-feira (30), em São Paulo, para apresentar um modelo de proposta para a reforma e ouvir sugestões. Ele busca o apoio dos governos estaduais para convencer bancadas a votarem a favor do projeto no Congresso Nacional. É o primeiro encontro do tipo este ano.
Em entrevista coletiva, Marinho não quis dar detalhes sobre os termos da reforma da Previdência apresentada aos governadores e indicou que os pontos só vão ser divulgados quando forem apresentados ao parlamento. “Nosso projeto impacta as finanças públicas de todos os entes federativos. Os governadores terão papel fundamental na liderança desse processo junto à Câmara e ao Senado. Saio daqui energizado com apoios que recebemos.”
Presencialmente, estiveram os governadores João Doria (PSDB-SP), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Helder Barbalho (PMDB-PA). Por videoconferência, participaram Romeu Zema (NOVO-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Os secretários do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e paulista da Fazenda, Henrique Meirelles também compareceram.
Influência
Depois da reunião, Barbalho disse que a reunião faz parte de tentativa do governo federal para sensibilizar governadores da importância da reforma para as contas públicas. Já Doria destacou que governadores “têm poder de influência muito grande” e que a maioria deles vai mobilizar as bancadas dos respectivos estados em favor do projeto.
João Doria também afirmou que, na reunião, Rogério Marinho não aprofundou os detalhes da reforma da Previdência e disse que os governadores só conhecerão os pontos específicos em fórum que ocorrerá em Brasília, no dia 26 de fevereiro, com todos os chefes dos executivos estaduais, depois que parlamentares tiverem conhecimento da proposta.
O tucano, contudo declarou que os participantes do encontro aprovaram o que foi apresentado. Marinho indicou que a reforma vai buscar ter “justiça social e impacto fiscal”, duas demandas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele disse estar confiante e não considera possibilidade de a proposta não ser aprovada.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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