quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Sirene foi engolida antes que pudesse tocar, diz presidente da Vale

O presidente da Vale, Fábio Schwartzman, afirmou nesta quinta-feira (31) que a rapidez do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) impediu que a sirene de emergência tocassem.

“A sirene foi engolfada pela barragem antes que pudesse tocar”, explicou em entrevista coletiva logo após encontrar a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Schwartzman não explicou, no entanto, quantas sirenes estavam disponíveis na barragem.

No dia da tragédia, alguns moradores da cidade relataram que o sinal de emergência não foi ouvido. “Foi tudo muito rápido. Momento de pânico, pessoas assustadas. Parecia cena de filme. Se pudesse já teria ido embora daqui. Isso vai ser um inferno”, disse Maria Aparecida dos Santos, emocionada. “Há poucos meses, técnicos estiveram aqui na cidade para passar instruções da sirene. Falaram que, em caso de emergência, iria tocar. Mas não foi bem assim”.

Indenizações

O presidente da mineradora explicou ainda que a sua reunião com Raquel Dodge tratou dos próximos passos das indenizações às vítimas e familiares. “Estamos preparados para abdicar de ações judiciais e fazer acordos extrajudicias que permitam que a Vale comece a realizar todos os processos”, explicou.

O valores destes acordos, segundo ele, serão definidos pela extensão dos danos causados. “O valor é o que tiver que ser”, afirmou.

Questionado se teme a prisão de algum executivo da mineradora, Schwartzman se limitou a dizer que “não tem motivos para isso”.

Schwartzman também afirmou que discutiu com Raquel Dodge o que precisa ser feito em relação ao meio ambiente da região, mas ambos concordaram que atenção inicial deve ser com as vítimas e seus familiares. “Tudo será cuidado, mas daremos prioridade ao que é possível fazer rapidamente”

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