O presidente do parlamento e auto-proclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, esteve em um protesto realizado contra o regime de Nicolás Maduro em Caracas na tarde desta quarta-feira (1°). Em seu discurso, criticou o ditador — chamando-o novamente de “usurpador” e ironizando o fato de ele não ter visitado nenhum estado do país desde janeiro — e disse que “não há o que comemorar” no país nesse Dia do Trabalho. Além disso, garantiu que as manifestações seguirão acontecendo até que ele seja deposto.
“Hoje não há nada para comemorar. Tudo foi perdido. Precisamos recuperar nossa qualidade de vida, nossa dignidade, voltar a botar comida em casa. Por isso convoquei vocês, para avisar que esse processo começou. O regime achava que tínhamos chegado a nosso limite. Eles nem tinham ideia do que estava acontecendo. Eles não contavam com nossa astúcia, como diria Chapolim Colorado. Estamos apostando na felicidade do nosso país, no reencontro das nossas famílias”, afirmou.
Guaidó ressaltou ainda que o movimento da oposição contará com mais apoio das Forças Armadas, grupo que, segundo ele, também está descontente com o desabastecimento que atinge a região. “Eles têm força operacional, mas falta o mínimo. Botas, alimentos. Acredito que estarão conosco e contarão conosco para ter mais e garantir a soberania deste país.”
Em seguida, o líder garantiu a continuidade das manifestações. De acordo com ele, o mais importante nesse momento é que todos continuem nas ruas pressionando pela derrubada dor regime. Citou ainda o apoio internacional como ponto importante do processo.
“Vamos ficar. Nosso sacrifício não será em vão. É por nossa família, nosso futuro. Pela união do país (…). Pensaram que ontem estaria tudo acabado. Não! Vamos seguir nas ruas até conseguir a liberdade de toda a Venezuela. O poder está com os cidadãos. Temos o poder de mudança. Eles sabem disso. Temos que seguir adiante. Vamos continuar nas ruas com marchas, protestos, passeatas, todos os dias, até conseguirmos”, concluiu, sendo ovacionado pelo público presente.
Nas redes sociais, ele tem compartilhado imagens dos atos realizados pelo país.
Seguimos, Nada nos detendrá#Guayana se despertó con sus calles llenas de rebeldía
Luego que destruyeron las empresas básicas, que toda su economía quedó sin trabajos por la explotación desordenada y salvaje del oro no puede sorprender a nadie que Hoy #Guayana diga #VamosConTodo pic.twitter.com/7vS1oOICdD— Juan Guaidó (@jguaido) May 1, 2019
¡Admirable tu fuerza, #Zulia! La rebeldía les ha costado años de maltratos y hoy se ha levantado sin miedo, llenando las calles.
Es la fuerza que el usurpador y sus secuaces subestiman. En toda Venezuela #VamosConTodo hasta ser libres. pic.twitter.com/haWjNv7WCh
— Juan Guaidó (@jguaido) May 1, 2019
Mi reconocimiento a #PuertoLaCruz ciudad que quiere volver a ser pujante contra la usurpación que nunca le ha importado el desarrollo del país. Hoy como nunca #VamosConTodo pic.twitter.com/0XwTpCO7gO
— Juan Guaidó (@jguaido) May 1, 2019
#Carabobo es tierra de libertad. La Cedeño le quedó pequeña a los ciudadanos de #Valencia que hoy la desbordan para decirle al Usurpador #VamosConTodo pic.twitter.com/bEUieNTtSy
— Juan Guaidó (@jguaido) May 1, 2019
Qué mejor lugar para que #NuevaEsparta saliera toda a gritar #VamosConTodo que la Plaza de las Banderas en #Pampatar Una vez potencia en comercio, turismo y pesca, este pueblo sabe que puede volver a vivir dignamente de su trabajo y que todo comienza con el cese de la Usurpación pic.twitter.com/wrPrE4LWvq
— Juan Guaidó (@jguaido) May 1, 2019
Sobre as manifestações
Centenas de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas na terça (30) para mostrar apoio a Guaidó e aos militares que se rebelaram contra o governo de Maduro. Guaidó anunciou que “a família militar deu o passo, uma vez por todas” para se unir à oposição.
Além de bloquear as ruas, as pessoas que apoiam a queda do regime chavista interpelavam quem estavam a caminho do trabalho e as incentivavam a aderir aos protestos e aos bloqueios. Há registros, no entanto, de confrontos entre opositores e forças do governo, com bombas de gás contra os presentes.
http://bit.ly/2ISBdwG http://bit.ly/2ZPBxSc
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