O governo não descarta a possibilidade de buscar os brasileiros que estão isolados em Wuhan, na China — epicentro do novo coronavírus. Diferentes países, como EUA e Japão, tomaram a iniciativa de retirar seus cidadãos do local.
Durante os últimos dias o governo brasileiro vinha relutando, mas após uma reunião no Palácio da Alvorada o presidente Jair Bolsonaro considerou a hipótese — apesar do discurso cauteloso.
De acordo com ele o processo seria trabalhoso com aspectos diplomáticos e monetários, já que seria necessário abrir espaço no cofres da União para bancar a operação. “Se for fretar um voo é acima de US$ 15 mil o custo. Pode ser pequeno para o tamanho do Orçamento, mas depende de aprovação do parlamento.”
Outro problema que ele aponta é que, após chegar no Brasil, os resgatados precisariam ficar em quarentena por 14 dias — período de incubação do vírus. Porém, o país não tem uma lei de quarentena e isso poderia criar entraves judiciais.
O presidente foi questionado sobre um pedido de retorno ao país enviado por um grupo de 30 brasileiros que não estariam contaminados. Entre esses brasileiros está a jogadora de futebol Milene Fernandes — que atua por um clube de Wuhan. Ela relata que está confinada há 12 dias sem poder sair do apartamento onde mora e quer voltar ao Brasil.
No momento, dentro do Brasil, não existe nenhum caso confirmado de coronavírus. Doze casos se encaixam como suspeitos — 7 deles em São Paulo, 2 no Rio Grande do Sul. Ceará, Paraná e Santa Catarina tem um cada.
Outras 10 suspeitas já foram descartadas — entre elas uma paciente de Belo Horizonte, o primeiro caso suspeita do Brasil.
O Ministério da Saúde anunciou que vai comprar de forma emergencial equipamentos de proteção como máscaras, luvas, toucas, álcool em gel e medicamentos para profissionais que tenham contato com possíveis portadores do coronavírus.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
Nenhum comentário:
Postar um comentário