terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Coronavírus se espalha, derruba bolsas e deixa autoridades do Brasil e do mundo em alerta

Ministros da Saúde de países que fazem fronteira com a Itália se reúnem nesta terça-feira (25) em Roma para discutir a situação do coronavírus. Autoridades italianas estão em alerta após novas mortes relacionadas ao vírus serem confirmadas no país.

A situação é mais preocupante na região da Lombardia. Cidades foram colocadas em quarentena — e o governo local criou canais de comunicação para esclarecer dúvidas e receber informações sobre possíveis casos.

O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte negou falhas no controle da infecção, mas afirmou que fechar as fronteiras para conter o coronavírus teria sido inútil.

O temor de um agravamento do surto na Itália mudou a rotina em Milão e Veneza, onde muitos moradores passaram a usar máscaras. A situação também preocupa os turistas em Roma.

A doutora em doenças infecciosas pela Universidade Federal de São Paulo Nancy Bellei diz que ainda não há motivo para retirar brasileiros da Itália. “Não seria comparável essa situação, por exemplo, de Wuhan com brasileiros em Milão terem que voltar antes. Mas toda epidemia é imprevisível.”

A Organização Mundial da Saúde considera os novos casos do coronavírus na Itália, Irã e Coreia do Sul extremamente preocupantes. Segundo a OMS, não há motivo para pânico, mas os governos devem agir rápido e precisam estar preparados para uma pandemia.

O avanço do vírus fora da China derrubou as bolsas pelo mundo nesta segunda-feira (24). Na Europa, as perdas no mercado acionário somaram US$ 474 bilhões. Nos Estados Unidos, os principais índices tiveram o pior desempenho em quase dois anos.

O economista Sérgio Valle afirma que os efeitos do coronavírus na economia global são incertos. “A gente precisa ver agora se esse impacto ficará restrito por lá ou se ele vai se transformar em uma pandemia. Esse é o grande dilema que temos hoje.”

No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo não operou por causa do Carnaval.

Com o aumento de casos de Covid-19 na Europa e no Oriente Médio, o Ministério da Saúde ampliou para 16 o número de países monitorados por suspeita da doença — entre eles Itália, França, Alemanha e Emirados Árabes.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, esclareceu que o Brasil não está impondo nenhuma restrição às viagens aos novos países sob vigilância.

O único destino a ser evitado ainda é a China, epicentro do surto de coronavírus, onde mais 71 mortes foram confirmadas e o número de vítimas fatais pela doença chega a 2663.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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