A greve de funcionários da Petrobras, iniciada na madrugada deste sábado (1º), continua neste domingo, e cinco sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ocupam desde as 15h da última sexta uma sala do quarto andar do edifício sede da Petrobras, no centro do Rio. Eles afirmam que não deixarão o local enquanto a empresa não iniciar uma negociação.
Os petroleiros reivindicam a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), em Araucária, no Paraná, prevista para começar no dia 14 e que deve afetar mais de mil famílias. Eles também querem o estabelecimento imediato de um processo de negociação com a empresa, acusada pelos trabalhadores de descumprir itens do Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela direção.
Em nota divulgada no sábado, a FUP afirmou que o primeiro dia da greve por tempo indeterminado da categoria parou 6.700 trabalhadores em dez Estados do país. Apesar da paralisação, a categoria garante que vai manter o abastecimento de combustíveis, para não prejudicar a população.
No sábado, o prédio sede da Petrobras ficou sem luz. Segundo os petroleiros, foi uma decisão da direção da empresa para tentar obrigar os sindicalistas a desocupar a sala. A FUP recorreu à Justiça e, segundo a entidade, obteve uma decisão judicial ordenando que a Petrobras restabeleça a eletricidade, o que foi feito.
A empresa afirmou, por telefone, que o corte de luz ocorre todo final de semana, porque nesse período o prédio não é usado. A medida seria praxe, portanto. Mas, ainda segundo a Petrobras, a luz foi restabelecida por conta da presença dos sindicalistas.
Em nota, a empresa afirmou que “cinco dirigentes sindicais da FUP estão ocupando uma sala de reunião no 4° andar do edifício sede da Petrobras”. “Esta ocupação contraria as normas da empresa”, mas “não há qualquer retaliação ao grupo”, diz a nota.
“A Petrobras reafirma que entende ser descabido o movimento grevista, pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve. Os compromissos pactuados entre as partes vêm sendo integralmente cumpridos pela Petrobras em todos os temas destacados pelos sindicatos”, segue o texto.
“A companhia tomou as providências necessárias para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás, o processamento em suas refinarias, bem como o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações”, conclui a Petrobras.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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