Já passava das 18h quando o estudante André Reis seguia de carro para a faculdade. Para escapar do trânsito, seguia as orientações de um aplicativo no celular e, ao parar num semáforo perto do Parque do Ibirapuera, ele tomou um grande susto.
“Meu vidro explodiu, voou um monte caco. Vi um braço entrando no carro e puxando meu aparelho, né. Foi bastante assustador por estar de noite e sozinho.”
Não muito longe dali, o motorista de aplicativo Raimundo Araújo viu o celular ser violentamente levado em segundos quando foi deixar um passageiro em Higienópolis, no centro. “Eu parei no farol atrás de um caminhão e subiu um rapaz e me assaltou. A gente roda com medo, é uma insegurança muito grande.”
Histórias como essas são frequentes na capital paulista e assustam os motoristas.
A região central da cidade é onde esses crimes mais acontecem, por conta do fluxo grande de carros e alto número de semáforos. Por ser um crime rápido e fácil de executar, o delegado Glaucus Vinícius notou que o número de casos tem aumentado.
Segundo ele, os criminosos levam em consideração se os vidros estão abertos, o local onde o aparelho está pendurado e a distração do motorista. “Eles procuram por aqueles equipamentos que estejam desbloqueados, em funcionamento.”
O delegado aconselha os motoristas a sempre parar no farol com vidros fechados e se manter atento à movimentação ao redor.
Apesar dos cuidados, a publicitária Renata Domingues não conseguiu evitar a ação rápida de dois ladrões em plena avenida 23 de Maio. “Tinha um trânsito na Avenida, não conseguia me locomover. Quebraram o vidro, pegaram meu celular e subiram sentido a região da Paulista.”
Apesar de não ter esperanças de recuperar o aparelho, ela procurou a Polícia.
Em 2019, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, mais de 42 mil celulares foram roubados na capital paulista.
Segundo o coronel Álvaro Batista Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar, o aumento no número de casos vem crescendo a medida que mais pessoas tem acesso ao telefone celular. “Ele tem uma procura grande da populaçao pelo celular irregular. É objeto de fascínio dos marginais por isso. Barato, pequeno e fácil de passar pra frente.”
As orientações caso o motorista seja vítima do crime é parar o carro, procurar um telefone para ligar para o 190 e passar para a Polícia o maior número de informações possíveis sobre o telefone.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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