Neste domingo, o Chile realiza um plebiscito pelo qual os cidadãos do país decidirão se aprovam ou rejeitam a redação de uma nova constituição e, se a primeira opção vencer, qual será o sistema de elaboração do texto. Neste caso, as alternativas são uma redação por uma Convenção Mista, formada por um número igual de congressistas e membro eleitos, ou uma Convenção Constitucional, em que o documento seria redigido apenas por membros eleitos. O plebiscito foi uma das reivindicações dos protestos sociais no país há cerca de um ano. A Constituição atual entrou em vigor durante o regime militar chileno, de 1973 a 1990.
O presidente Sebastián Piñera votou cedo, antes das 9 horas. O líder que, que antes da convocação do referendo se opunha à mudança, convocou os chilenos a votarem, dizendo que “todas as vozes importam”. Além de Piñera, outros pré-candidatos à presidência do país, como Daniel Jadue e José Antonio Kast, também já votaram, segundo o jornal chileno La Tercera. O periódico informou ainda que, na Nova Zelândia, 90% dos chilenos residentes votaram pela aprovação de redação de um novo texto. No Chile, são registradas longas filas na maioria dos centros de votação.
De acordo com outro jornal chileno, o El Mercurio, 98,29% das mesas de votação já estão instaladas no Chile e exterior, conforme o Serviço Eleitoral do Chile (Servel). O porcentual representa 44.150 mesas, sendo 43.995 no Chile e 155 em outros países como Espanha, Reino Unido, Noruega, Brasil, Argentina e Uruguai. A votação teve início às 8h (horário local) e se encerrará às 20h. Mais de 14,1 milhões de chilenos estão aptos a votar – a votação é voluntária.
O processo eleitoral ocorre em meio à pandemia de Covid-19 que, no Chile, contabiliza quase 500 mil casos e 13,8 mil mortes. A média diária de novos casos entre os chilenos tem variado de 1,5 mil a 2 mil casos. Em razão deste cenário, o horário de votação foi estendido em duas horas para reduzir as aglomerações, com diferenciação para os maiores de 60 anos.
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