segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Novas delegacias vão reforçar combate a crimes cibernéticos em SP

Acontecimentos como o relatado pelo empresário Adriano Castro de Paula são mais do que corriqueiros. Ele foi apenas uma das milhares de vítimas de golpes aplicados pela internet e por celulares: fez uma compra em um site que até então parecia ser idôneo, pagou direitinho e quando foi ver o site simplesmente desapareceu. A atenção precisa ser redobrada quando os produtos adquiridos vem do exterior.

O montador de exposições Gustavo Rosa se viu numa arapuca: comprou um HD externo e, quando abriu a encomenda que chegou na sua residência, a surpresa. “Ele veio de fora do país. Chegou aqui só a carcaça, estava vazio. O site não se responsabilizou em me reembolsar e fiz a compra com cartão de crédito, parcelei. Estou tentando entrar em contato com o banco para pelo menos as próximas parcelas não pagar.”

Para tentar coibir este tipo de ação serão inauguradas, até o final do ano, delegacias contra crimes cibernéticos em São Paulo. O delegado responsável, Gaetano Vergine, enumera os serviços. “A primeira, ela está focada em crimes contra instituições financeiras. A segunda, em crimes praticados no e-commerce. A terceira são invasões de dispositivos e direitos autorais. E a quarta é a lavagem de dinheiro com a criptomoeda, né?”

O analista de conteúdo antifraude, Eduardo Carneiro, dá dicas aos consumidores para não caírem em armadilhas — ainda mais com a proximidade da Black Friday. “Usar o cartão de crédito nessa época, porque ele dá a possiblidade de estorno — diferente do pagamento por boleto ou transferência bancária”, alerta. Com as novas tecnologias, aplicativos, aumento de fluxo nas redes e comércio virtual, as ocorrências desse tipo de crime são cada vez mais comuns. As expectativas são de desmantelar as organizações criminosas.

Os locais também vão abrigar vítimas de ataques virtuais, como o sofrido pelo professor Babalawô Ivanir dos Santos, que é interlocutor da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa. Durante uma live, internautas colocaram suásticas nazistas na tela. As penas para estas práticas podem chegar a 5 anos de prisão se houver participação em organização criminosa são agravadas.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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