O prefeito de São Paulo Bruno Covas declarou na tarde desta quarta-feira (26) que a aprovação da reforma da previdência pela Câmara Municipal foi uma grande conquista para a cidade e que planeja ato de comemoração para esta quinta-feira, por volta das 11 horas. Para o prefeito, a reforma trará um alívio de cerca de 370 milhões para os cofres públicos no próximo ano.
Covas ainda afirmou que o valor arrecadado com o aumento da alíquota de arrecadação de 11% para 14% irá conter o avanço do déficit nas contas públicas, mas admitiu que a mudança não acabará o problema a longo prazo. Segundo o prefeito, se a reforma da previdência não fosse aprovada neste momento, o município poderia sofrer com falta de recursos e começar a ter problemas para pagar os salários dos servidores daqui 2 ou 3 anos.
“Vamos deixar de usar recurso público para o pagamento da previdência dos servidores”, afirma Covas. Conforme declara o prefeito, cerca de 11% da receita da cidade são utilizados para suprir o déficit com aposentadorias. Para ele, a maioria da população não pode mais pagar pelo gastos de aposentados e pensionistas da prefeitura, que correspondem a 1% dos paulistanos. Covas ainda disse que aprovação da reforma em São Paulo poderá servir de exemplo para o nível federal. “A gente espera que a aprovação no dia de hoje mostre que a sim clima político para reforma da previdência no País”, declarou.
Inicialmente, o governo municipal pretendia criar um sistema de capitalização para reformular a previdência municipa. A prefeitura acabou desistindo do projeto pelos custos de transição que traria. Questionado se a desistência não é empurrar o problema do aumento de déficit para outras gestões, Covas declarou que a reforma aprovada era a “possível” no momento. Para ele, a ausência de uma reforma federal impossibilitou a continuidade do projeto original de reformulação do sistema. “O projeto inicial foi ancorado no plano que estava sendo discutido na gestão Temer”, afirmou
Sobre a atuação da Guarda Civil Metropolitana com os servidores manifestantes, Covas lamentou a violência e excessos utilizados na ação. “Não condiz com o clima democrático que a prefeitura de São Paulo conduz suas tratativas.” O prefeito ainda afirmou que já solicitou ao secretário de Segurança Urbana coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira que analise as imagens do tumulto em frente a Câmara e avalie se é o caso de punir possíveis abusos cometidos pelas forças de segurança.
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