O brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor, disse nesta quarta (30) que sua prisão em Tóquio seria um “complô” e que foi “traído” por diretores da empresa quando tentou aprofundar as alianças com a Renault e a Mitsubishi.
Em entrevista ao jornal “Nikkei”, na prisão onde está detido, Ghosn negou as acusações judiciais por supostamente ocultar compensações milionárias acordadas com a Nissan e utilizar a empresa para cobrir perdas financeiras pessoais. “Fiz algo inadequado? Não sou advogado, não sei como interpretar esses fatos”, defendeu o brasileiro.
O ex-presidente afirmou que foi “traído” por outros diretores da companhia contrários a uma “integração mais profunda” entre a Renault e a Nissan e à qual posteriormente se uniu a Mitsubishi.
O plano havia sido analisado em setembro por Ghosn e pelo CEO da marca, Hiroto Saikawa. Perguntado sobre a detenção, Saikawa afirmou que o brasileiro concentrava muito poder na empresa. Ghosn rebateu a fala, dizendo que as acusações de liderar uma “ditadura” só escondem a intenção de deslocá-lo internamente e removê-lo do cargo.
Ghosn foi preso na capital japonesa em 19 de novembro do ano passado.
Com Agência EFE
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