O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que se reuniu nesta quinta-feira (28) com líder do governo brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que seu país não vive um “dilema” entre guerra e paz, mas sim entre ditadura e democracia.
“Não é certo dizer que há um dilema na Venezuela entre guerra e paz, na Venezuela há um dilema entre a democracia e a ditadura, entre a miséria e a morte da nossa gente”, declarou, em pronunciamento à imprensa, em Brasília.
Guaidó afirmou estar “profundamente agradecido ao Brasil por esse momento, importante na história da região, que marca um recomeço de relacionamento positivo entre brasil, Venezuela e região”, ao se referir ao encontro realizado nesta quinta.
De acordo com o opositor de Nicolás Maduro, as relações econômicas entre os países foi prejudicada pela corrupção e por ataques a direitos humanos cometidos pelo ditador, “usurpação” que deve ser revertida com a realização de eleições livres.
“A exigência do povo da Venezuela é clara: viver em paz, encontra alimento e trabalho e não caminhar pela fronteira [para buscar comida e remédio em outro país].” Bolsonaro, em contrapartida, disse que não poupará esforços para ajudar o país vizinho.
Ao se dirigir ao presidente brasileiro, que discursou depois, Guaidó declarou: “Muito obrigado pela liderança a favor da democracia da liberdade, mas também pelo entendimento de que uma região forte também gera uma economia forte.”
“A democracia sempre está em jogo e temos que defender as instituições em toda a região. Não vamos permitir mais que um pequeno grupo queira apoderar-se da verdade ou dos recursos de um povo”, concluiu. Ele pretende voltar à Venezuela no fim de semana.
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