O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou na tarde desta quinta-feira (28) que atualmente há no país 300 mil pessoas em risco de morte. A ajuda humanitária internacional que entra no território local não pode chegar a essa população, de acordo com ele. Guaidó se reuniu com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em Brasília.
A declaração foi dada após o encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto, com a participação também do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em discurso, Bolsonaro prometeu ajudar o líder opositor venezuelano a restabelecer a democracia no país, que hoje está sob o controle do ditador Nicolás Maduro.
Ao discursar ao lado do brasileiro, Guaidó ainda afirmou: “Não é certo dizer que há um dilema na Venezuela entre guerra e paz, na Venezuela há um dilema entre a democracia e a ditadura, entre a miséria e a morte da nossa gente”. Tanto Bolsonaro quanto o venezuelano indicaram que a melhor saída para a crise do país é a realização de eleições diretas.
Ao falar com jornalistas, Guaidó disse que o regime de Maduro e continua intransigente para negociar alternativas. “Estamos tentando negociar há cinco anos. A eleição livre é exigência do povo. Não pode haver presos políticos. Temos 4 milhões de venezuelanos no exterior que não podem votar. Não há auditoria do processo. Não pode ser falso diálogo.”
Visitas
Antes da visita ao Palácio do Planalto, Guaidó almoçou na residência oficial do embaixador do Canadá e se reuniu com diplomatas de países que o reconhecem como presidente interino na representação da União Europeia no Brasil. Antes de chegar para o encontro com Bolsonaro, Guaidó fez uma parada no Itamaraty, que não estava prevista.
Ele foi recebido com pompa no Planalto: houve tapete vermelho e recepção da guarda presidencial feita pelos Dragões da Independência. O líder venezuelano também deve visitar os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele pode passar o fim de semana no Brasil.
Guaidó deixou Bogotá na quarta (27) em avião da Força Aérea Colombiana, que pousou na madrugada desta quinta no Aeroporto Internacional de Brasília à 1h40. Em frente ao Planalto, ele era aguardado por cinco manifestantes com cartazes em que se lia “Brasil, respeite a soberania da Venezuela”. Eles não ganharam atenção.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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