A proposta do governo de avançar na privatização de estatais esbarra numa série de dificuldades e o congresso sinaliza que a equipe do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) enfrentará muita resistência para garantir suas aprovações.
O governo promete apresentar a modelagem de privatização da Eletrobras em uma ou duas semana e o presidente Jair Bolsonaro já reafirmou a intenção de privatizar os Correios até o ano que vem.
Dentro do Palácio do Planalto, todo mundo sabe que o desafio será imenso. Prova disso foi a audiência pública realizada na semana passada para discutir a privatização da Casa da Moeda.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas já mostrou que a estatal ocupa o penúltimo lugar num ranking de 17 empresas do setor em diferentes países. Ainda de acordo com o levantamento, o Banco Central, principal cliente da estatal, gastaria pelo menos 20% menos se pudesse comprar cédulas e moedas no mercado internacional.
Durante a audiência pública, no entanto, a proposta foi duramente criticada. O ex-diretor técnico da estatal, Carlos Roberto de Oliveira, explicou que a Casa da Moeda não é uma gráfica apenas, mas um complexo industrial com função histórica. Ele defende também que a questão do preço é relativa.
A Casa da Moeda, além de dinheiro, fabrica selos para a Receita Federal e passaportes para a Polícia Federal. O Serpro, que é o Serviço de Processamento de Dados do Governo Federal, que muitas vezes trabalha em conjunto com a Casa da Moeda, também está na lista das estatais que deverão ser privatizadas.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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