As contas públicas do país fecharam 2019 com rombo de quase R$ 62 bilhões, mas o resultado é o melhor em cinco anos. Os dados divulgados pelo Banco Central, nesta sexta-feira (31), excluem os gastos com juros da dívida.
As informações são relativas à União, estados, municípios e empresas estatais. A dívida pública chegou a R$ 5,5 trilhões em 2019, equivalente a 75% do Produto Interno Bruto.
O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, explica que o desafio do governo é grande. “Para que se tenha ideia, o gasto com pessoal ficou em 4,3% do PIB e os investimentos em 0,8%. Já a Previdência em 8,6% do PIB. A composição do gasto ainda é muito ruim.”
A PEC emergencial cria gatilhos de contenção de gastos.
O economista acrescenta que o resultado de 2019 poderia ter sido pior. “Em 2019 houve um peso muito grande das chamadas receitas extraordinárias, como as do leilão da cessão onerosa. Se não fossem essas receitas, o jogo teria terminado bem mais desbalanceado.”
O economista Felipe Salto projeta que o teto de gastos no Brasil poderá ser rompido já em 2021. Já o rombo registrado no ano passado é o menor desde 2014, quando o saldo ficou no vermelho em R$ 32 bilhões. No entanto, são seis anos consecutivos com resultado negativo.
Na última quinta-feira, o Tesouro Nacional tinha divulgado que o déficit do governo central ficou em R$ 95 bilhões. A conta diz respeito ao Tesouro, a Previdência Social e ao Banco Central.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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