segunda-feira, 30 de março de 2020

Avanço do coronavírus destrói ceticismo de governantes pelo mundo

No final de fevereiro, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, publicou um vídeo pedindo para que os italianos não tivessem medo do novo coronavírus e seguissem a vida normalmente.

Quando o vídeo foi publicado, 11 cidades da Lombardia, onde fica a capital Milão, já estavam em quarentena e o vírus havia matado 14 pessoas.

Um mês depois, a Itália registrou o recorde diário de mortes por conta da covid-19: Foram 919 mortes em 24 horas. Mais da metade dos casos aconteceram na região da Lombardia.

Na última sexta, o prefeito gravou um novo vídeo: disse ter subestimado o vírus, admitiu o erro e pediu desculpas aos italianos. O caso de Giuseppe é apenas um exemplo das autoridades mundiais que amenizaram a pandemia de coronavírus e, depois, voltaram atrás.

O avanço implacável da doença anda desmontando o ceticismo dos governantes. Para o professor de relações internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, o coronavírus gera uma crise incontrolável que instiga uma mudança de postura.

Dessa forma aconteceu a mudança de tom do presidente norte-americano Donald Trump. Antes cético em relação ao avanço da doença, Trump foi atropelado pela disseminação do vírus no país, que fez com que os Estados Unidos se tornasse um novo epicentro da doença.

Atualmente, considerava até decretar quarentena em cidades como Nova Iorque e Nova Jersey.

Outras autoridades mundiais também mudaram o tom, como Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Andrés Manuel Obrador, presidente do México.

No entanto, o professor de relações internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, explica que os governantes já notaram que não se pode subestimar o vírus, por ter uma fator incontrolável até mesmo para eles.

Pelo menos um terço da população mundial vivem atualmente sob algum tipo de restrição de circulação para conter o rápido avanço da covid-19. Esse balanço foi divulgado pela agência AFP.

*Com informações do repórter Leonardo Martins

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