Pelo menos dois tripulantes de um navio da Marinha brasileira que atracou na segunda-feira (23) no Complexo Naval da Ilha de Mocanguê, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), estão infectados com o coronavírus, segundo nota da Marinha. Eles apresentam sintomas leves, com evolução clínica satisfatória, e permanecem em isolamento domiciliar, sem necessidade de internação, diz a Força.
Outros três tripulantes do navio Almirante Saboia, conhecido como G-25, fizeram testes para identificar o vírus, e dois tiveram resultado negativo. O teste do terceiro ainda não está pronto, diz a Marinha.
Em caráter preventivo, outros 36 tripulantes também estão cumprindo isolamento domiciliar, por recomendação médica, após terem apresentado algum sintoma de gripe, ainda que leve. Todos os 41 tripulantes estão sendo monitorados, segundo os protocolos dos Ministérios da Saúde e da Defesa.
O navio de desembarque de carros de combate Almirante Saboia saiu do Rio de Janeiro no último dia 10, rumo à Estação Naval do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Antes, parou por quatro dias (de 13 a 16 de março) em Itajaí (SC), onde foi visitado por cerca de 200 alunos da Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa Catarina, de Florianópolis, e onde houve entrada e saída de tripulantes.
O navio chegou a Rio Grande no dia 18 e iniciou a viagem de volta ao Rio de Janeiro no dia 19. No dia 21, a embarcação parou em Santos, mas não houve desembarque. Em seguida, passaram dois dias em alto mar e atracaram na Ilha do Mocanguê no dia 23.
Segundo tripulantes narraram em redes sociais, os problemas de saúde começaram no dia 18, e aqueles que se sentiram mal foram afastados das funções.
Em nota, a Marinha afirmou que “medidas de descontaminação estão sendo realizadas com o apoio da Companhia de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, de modo a manter a sua plena capacidade de emprego”, e “quanto ao cumprimento do expediente a bordo, várias medidas vêm sendo adotadas para evitar a concentração de pessoal, como o licenciamento diário de parte da tripulação, flexibilização do horário de expediente, ampliação do horário de refeições, permitindo a divisão dos comensais em grupos menores”.
*Com Estadão Conteúdo
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