A indústria do aço condena “apagão logístico”, em alinhamento ao retorno à normalidade incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro. O Instituto Aço Brasil convocou uma conferência de imprensa, via internet, para apresentar um cenário sombrio da economia: uma queda do consumo no Brasil de 40%, no segundo trimestre.
O setor Siderúrgico engrossou o coro de insatisfeitos com a quarentena imposta pelos estados, na contenção da pandemia do coronavírus. O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou que dos grandes consumidores, o Setor Automotivo, Máquinas, Equipamentos e a Construção Civil, apenas os canteiros de obras não estão paralisados.
Ele garantiu que a crise da saúde levará a social, pela falta de atividade econômica, além de uma crise de demanda. “A gente precisa começar a trabalhar o retorno gradual, sob protocolos de segurança. A roda tem que voltar a girar.”
Em diversas regiões do Brasil começam os protestos dos apoiadores ao discurso do presidente Bolsonaro, pelo fim da quarentena, recomendada por especialistas de saúde de todo o mundo.
Outras entidades também seguem a mesma postura. A Confederação Nacional da Indústria concorda com o chamado “isolamento vertical”, apenas ao grupo de risco, os mais velhos. Marco Polo de Mello Lopes, ressaltou uma “crise de proporção inimaginável”, que o setor espera queda de 50% no consumo de aço em abril, 40% no segundo trimestre, e 20% em 2020.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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