O Brasil fechou as fronteiras aéreas para estrangeiros de todas as nacionalidades por trinta dias, devido à pandemia do novo coronavírus. A portaria, editada pelos Ministérios da Justiça, Casa Civil, Saúde e Infraestrutura, prevê algumas exceções: imigrantes que moram no Brasil, estrangeiros em missão de organismos internacionais e parentes de brasileiros, além dos brasileiros que estejam no exterior. A norma também não vale para o transporte de cargas.
Com a medida, o governo amplia as restrições anunciadas na semana passada, quando proibiu a entrada de estrangeiros apenas dos países com maior contágio. Além disso, foi prorrogado por mais quinze dias o fechamento das fronteiras terrestres para estrangeiros.
Nesta sexta-feira, o Brasil chegou a 92 mortes e 3417 casos confirmados de coronavírus. Em relação ao dia anterior, o aumento foi de 19% nos óbitos e 17% nos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, 116 pacientes estão internados em enfermarias e 148, em UTIs.
O secretário-executivo João Gabbardo disse que o número de mortes não está subnotificado. Das 92 mortes registradas, 76 foram de pessoas acima dos sessenta anos de idade. Foram seis mortes de indivíduos entre 40 e 59 anos, além de três óbitos dos 20 aos 39. Outras sete mortes ainda estão sob investigação.
Segundo o secretário João Gabbardo, o ministério trabalha com a possibilidade de alocar idosos em instalações como hotéis, hospitais de campanha e navios de cruzeiro, principalmente os que vivem em comunidades.
O secretário também foi perguntado se o Ministério da Saúde teria dado aval à campanha “O Brasil não Pode Parar”, do Governo Federal, contra o isolamento social.
Ele comparou a pandemia no Brasil a uma casa durante um incêndio, em que o papel do Ministério da Saúde seria tirar o máximo de pessoas possível de dentro do local.
Na coletiva prevista para este sábado, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, além de completar o levantamento dos primeiros trinta dias do coronavírus no Brasil, deve, pela primeira vez, traçar cenários futuros para os próximos trinta e sessenta dias. Até o momento, técnicos do Ministério preveem um mês de abril difícil, mas ainda sem projeções numéricas.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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