O ex-ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), rechaçou a possibilidade de um governo autoritário no Brasil. De acordo com ele, a democracia brasileira avançou e adquiriu consistência o suficiente para não permitir que isso aconteça.
O jurista deu a declaração na terça-feira (2), durante um seminário realizado pela Fundação Getúlio Vargas sobre a defesa da democracia e a separação dos Poderes. Ayres Britto disse, ainda, que existem dois tipos de legitimidade: a que vem pelo voto e a que vem pelo exercício do cargo; e, segundo ele, só a legitimidade do voto não basta.
Também presente no evento, o senador Antonio Anastasia (PSD) disse não acreditar em uma ruptura do sistema democrático. Para ele, os recentes conflitos entre os três poderes vão ajudar a amadurecer a democracia brasileira.
Por outro lado, na avaliação do diretor da faculdade de Direito da FGV, Oscar Vilhena, o Brasil vive uma crise constitucional. Segundo ele, isso acontece quando alguém diz que é preciso ter poderes extraordinários para solucionar um problema, seja ele político, econômico ou social.
Os participantes ressaltaram que a Constituição brasileira foi criada justamente para resolver conflitos. Eles concordaram com a ideia de que a carta constitucional é quem tem os mecanismos para que haja uma solução pacífica dessas crises.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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