segunda-feira, 29 de junho de 2020

Prefeitura de São Paulo pode assumir a Cinemateca Brasileira

Dona do maior acervo audiovisual da América do Sul, a Cinemateca Brasileira pode passar a ser administrada pela prefeitura de São Paulo. Na semana passada, o prefeito Bruno Covas (PSDB), conversou com o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, para tentar assumir a gestão do espaço.

Atualmente, ela está sob a responsabilidade da Acerp, Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, por meio de um adendo a um contrato que a entidade tinha com o governo para cuidar da TV Escola. Em dezembro do ano passado, o então ministro da Educação Abraham Weintraub suspendeu o contrato principal, gerando a dúvida se o contrato com a cinemateca estaria suspenso. Além disso, a Cinemateca vive uma grave crise financeira, com falta de repasses e salários de funcionários atrasados desde abril.

O vereador Xexéu Trípoli, que foi quem levou à prefeitura a ideia de assumir a instituição, afirmou que se ela for mesmo transferida, o município vai buscar patrocínios privados para administrá-la. O ex-ministro da Cultura no governo Michel Temer e deputado federal pelo cidadania do Rio de Janeiro, Marcelo Calero ,classificou como “louvável” a iniciativa da prefeitura. No entanto, ele disse ter receio de que, se for mesmo transferida, a Cinemateca perca a abrangência nacional que possui.

A Câmara Municipal de São Paulo realizou uma audiência pública para discutir a crise na Cinemateca. O superintendente da instituição, Roberto Barbeiro, comparou a situação atual com a pandemia do coronavírus.

Nos últimos dias, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e o secretário Especial da Cultura, Mário Frias, fizeram uma visita à Cinemateca. O objetivo da agenda, segundo o ministério, foi discutir possibilidades para a solução dos impasses enfrentados pela instituição.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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