O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a possibilidade do Brasil intervir nos conflitos que ocorrem na Venezuela desde a manhã desta terça-feira (30) é “quase impossível”. Segundo ele, o governo está “trabalhando de forma bastante unida para buscar uma solução pacífica”.
“Todo o bom militar tem que analisar tudo, mas não passa pela nossa cabeça qualquer intervenção na Venezuela. Não é nossa tradição e entendemos que há muito espaço ainda para conseguir, de forma pacífica, restabelecer a democracia”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Brasil Urgente.
Perguntado sobre as suas relações com o governo dos Estados Unidos e o presidente Donald Trump, Bolsonaro assegurou que não obteve “até o momento nenhum comunicado por parte do governo norte-americano demonstrando que essa será a linha adotada por eles”, mas, que se houver essa vontade, “haverá um pedido para nós [o governo brasileiro], e o meu caminho é convocar o Conselho de Defesa Nacional, ouvir essas autoridades e decidir”.
Forças Armadas
Bolsonaro lamentou ainda o sucateamento das Forças Armadas brasileiras e declarou que não seria possível reagir a nenhuma investida externa. “Nós não estamos bem de armamento, não podemos fazer frente a ninguém. Se algum país quiser fazer sanções ou usar do Brasil não conseguimos reagir”, falou, completando: “Nossa preocupação é muito maior em ser invadido do que em invadir”.
Uso e porte de armas
O presidente voltou a falar sobre a posse de armas de fogo, assunto que tratou na cerimônia de abertura da Agrishow nesta segunda-feira (29). Novamente, Bolsonaro lembrou do projeto de lei que vai para votação na semana que vem e que visa liberar a posse em todo o perímetro da propriedade rural. “Há uma obsessão desarmamentista no Brasil e eu não compactuo disso e nem a população”, declarou.
Ele reafirmou também que irá anunciar a excludente de ilicitude, dispositivo legal que prevê que pessoas não sejam punidas por crimes que elas eventualmente tenham cometido. “Um cara entrou na tua casa de noite e tu vai descarregar tiro em cima dele e pronto. O fazendeiro precisa ter o direito de atirar em quem invade a sua propriedade”, completou.
Entretanto, Bolsonaro disse que não há intenção do governo de que a posse de armas seja completamente legal como é nos Estados Unidos, mas que existe “clima para flexibilizar bastante”.
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